domingo, 26 de outubro de 2008

Epidemia das separações

Estou no início da década trinta e por isso, todos os meus amigos estão mais ou menos comprometidos. Ou melhor, estavam. Tenho observado que cada vez mais há casais que se separam sem uma razão demasiado evidente, mas que depois de se ter separado as razões vêm ao de cima.

Eu sou uma dessas pessoas! Depois de uma relação de compromisso, com casa e tudo, decidimos separar-nos por não estarmos a vislumbrar um futuro brilhante para a nossa relação. Não quer dizer que não nos tenhamos esforçado para as coisas se compatibilizarem (pelo menos eu esforcei-me). Mas o equilíbrio das cedências que cada parte não houve, pelo menos para mim. Assim, depois de observar que as pequenas coisas estavam a tomar uma dimensão mais do que suficiente para o "big picture" não funcionar, decidi e em perfeita sintonia com a outra parte, partir para outra.

Foi a melhor decisão que tomei, e em vez de me sentir em baixo ou com o sentimento de derrota, senti-me aliviada e com forças para tomar decisões para o meu futuro que, com uma relação séria, teria algumas dificuldades em tomar.

Antes de ter passado por toda esta situação, achava que não havia um verdadeiro esforço dos casais que se separavam em manter a relação em prole de um amor que existiu. Mas, os esforços são de ambas as partes e nem sempre se dá a compatibilização desejada em dois indivíduos diferentes. 

Para se estar infeliz, mais vale estar sozinho. Pelo menos não levamos outro para o mesmo abismo.

Mais vale só que mal acompanhado

sábado, 25 de outubro de 2008

Preguicite aguda

Desde há uma semana que tenho um caso de preguicite aguda. Não tenho ido às aulas desde os dois últimos dias, além disso nem me apetece estudar.

Não sei qual a razão. mas simplesmente não me apetece fazer nada. O trabalho está escasso e tenho andado a ocupar o tempo com arquivo e outras coisas enfadonhas que não lembram ao diabo, mas para ocupar as oito horas de trabalho dá jeito.

Para mim parece que quanto mais trabalho tenho, menos cansada estou porque nem tenho tempo de pensar em cansaço. Assim consigo fazer muitas coisas ao mesmo tempo sem pensar nas horas que dormi pouco nem em mim.

Estou neste estado há uma semana, e é no pior momento. Tenho de estudar para um "mini-teste" na universidade e não tenho qualquer vontade de pegar nos livros. 

Espero que passe depressa e que na próxima semana esteja cheia de trabalho e sem tempo como sempre...

sábado, 11 de outubro de 2008

Constipações

Está o tempo dos pequenos resfriados e constipações muito devido ao ar condicionado agradável e depois na rua ou se está com calor, ou se está com frio, ou mesmo a chover. Os ambientes fechados com ar artificial ainda complicam mais os que de momento não estão doentes mas vão estar. É horrível estar constantemente a espirrar e ouvir "santinho" ou "saúde".

Li em qualquer lado que a razão de dizermos "santinho" se deve, na época da peste negra, quando uma pessoa espirrasse, e por causa do sistema de sáude um pouco pior ao que agora é, se dizer "todos os santos te ajudem". Abreviando a expressão passou a ser "santinho".

Detesto quando se diz "santinho" e outra pessoa que estava ali perto, venha logo dizer que aquele não é nenhum santo e que por isso não se devia dizer "santinho" mas sáude. Só me apetece dizer para ir para um sítio porque não espirrou e que também não se sabe se é santinho ou não. Porque, com o ritmo das beatificações do Vaticano até pode ser.

Digo "santinho" e vou continuar a dizer e o resto da malta que vá dar uma volta... 

sábado, 4 de outubro de 2008

Maus profissionais

Como já havia referido, trabalho para uma multinacional asiática.

No meu departamento entraram duas pessoas: uma estagiária e outra com experiência na área do departamento mas noutra actividade. 

A estágiária, com vinte e poucos anos, integrou-se completamente, sendo a benjamin do departamento e que gosta de aliviar o stress com as suas tiradas cómicas. As reacções dos outros profissionais são como se tratasse de uma criança pequena que diz tudo o que pensa e que os "adultos" acham graça.

No entanto, como profissional realiza o seu trabalho como outro qualquer. Apenas alivia o ambiente por vezes caótico, ansioso e stressante.

A outra funcionária, todavia, surgiu com a descrição de ter experiência apenas com necessidade de uma pequena formação do sistema informático. Esta impressão inicial pode ter deitado por terra a fácil integração dentro do departamento. E porquê? A mulher (que vamos chamar de naba em referências futuras) não tinha qualquer experiência não sabendo distinguir documentos de fácil percepção até para os mais distraídos.

Mas, poderia aprender... dizem vocês. Coisa que a naba não pode devido ao seu Q.I. demasiado baixo (talvez) ou da sua incapacidade inata de escrever lembretes para não se esquecer o que foi dito há cinco minutos atrás!?

Por essa razão e passado cerca de quatro semanas de cada pessoa do departamento lhe explicar de diversas formas as suas funções cerca de 20 vezes cada um, houve uma desistência geral. Primeiro por toda e qualquer tarefa entregue ser efectuada sem o mínimo de rigor e esforço e, consequentemente, realizado com erros imperdoáveis (só para dar um exemplo: a naba nem sabe subtrair um valor negativo a um valor positivo no Excel). Por outro lado, a sua maneira desculpabilizante de não assumir qualquer erro cometido com a explicação que foi mal explicado pelo colega de trabalho que, infelizmente... não se encontra no local de trabalho no momento.

A melhor forma de resolução seria, obviamente, o seu despedimento. O que foi proposto por todos os funcionários do departamento ao chefe. Mas que não foi feito, nem será feito pelo menos nos próximos meses.

A incompetência do funcionário passa por morrer solteira, tal como a culpa.

O que explica muito bem como o país se encontra. Há falta de produtividade porque os empregados que se esforçam e possuem o rigor no seu trabalho, têm de trabalhar a dobrar para colmatar os erros dos outros empregados que apenas cumprem um horário estipulado. Ora se recebem todos o mesmo, porque se irá ter um esforço maior que o outro, já que não irá daí obter qualquer benefício? Assim, começa-se a trabalhar menos e sem qualquer preocupação.

Felizmente, ainda não é o meu caso, por o meu trabalho ser reconhecido por enquanto. Mas logo se verá...